Olá.
Faço hoje a primeira postagem do mês (e provavelmente última). Vou deixar então algumas músicas.
E a postagem é um poema do Manuel Bandeira (o mesmo de Vou-me Embora pra Pasárgada). Vi os primeiros trechos do poema em algum lugar hoje e resolvi ir atrás. Acho que vocês gostarão.
É incrível a beleza com a qual alguns autores conseguem falar sobre sexo e a beleza feminina. Aquela clássica do Niemeyer e a do meu conterrâneo, Gregório de Matos (http://meme.yahoo.com/karinasba/p/xL0T5Ob/)
Nú
Quando estás vestida,
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.
(Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu.
Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite.
Brilham teus joelhos,
Brilha o teu umbigo,
Brilha toda a tua
Lira abdominal.
Teus exíguos
- Como na rijeza
Do tronco robusto
Dois frutos pequenos -
Brilham.) Ah, teus seios!
Teus duros mamilos!
Teu dorso! Teus flancos!
Ah, tuas espáduas!
Se nua, teus olhos
Ficam nus também:
Teu olhar, mais longe,
Mais lento, mais líquido.
Então, dentro deles,
Bóio, nado, salto
Baixo num mergulho
Perpendicular.
Baixo até o mais fundo
De teu ser, lá onde
Me sorri tu'alma
Nua, nua, nua...
E isso me faz pensar sobre o que existe de bom no mundo e o que eu sou obrigado a ouvir por aí no mundo. Deixo-lhes uma ultima música: Freak on a Leash. É claro que não ia deixar faltar Evanescence aqui.
Bons sonhos, camaradas.